.: Caixas de Fósforo :.

Resumo da Análise
Normas e Documentos de Referência
Metodologia da Análise
Laboratórios
Resultado das Análises
Conseqüências

Resumo da Análise

Em 01/03/96 foi concluída análise em seis marcas de caixas de fósforo com o objetivo de uma avaliação crítica dos resultados dos testes de fósforos, bem como apresentar sugestões de ações cabíveis ao Inmetro para melhoria da qualidade do produto.

Os ensaios foram realizados com base na norma inglesa, por não existir nenhuma norma nacional. Foram analisadas seis marcas e todas foram reprovadas.

Normas e Documentos de Referência

Por não existir nenhuma norma nacional, os ensaios foram realizados com base na norma inglesa, BS-3795:1990 - Britsh Specification for Matches.

Metodologia da Análise

Os ensaios constaram das seguintes análises:

1) Número de fósforos com cabeça

Foram contados os números de fósforos utilizáveis de cada uma das caixas. Cada palito deve ter no mínimo 15 mm de comprimento, excluindo a cabeça.

2) Forma e dimensão dos palitos e cabeças

A forma da cabeça deve ser homogênea, sem pontas ou beiras, cantos ásperos. As cabeças não devem estar coladas umas as outras. As cabeças não devem exibir quebras ou superfícies de áreas falhadas.

Todos os palitos de fósforos devem ter uma cabeça de dimensões compatíveis, entre 3mmm e 8mmm para fósforos convencionais, medidos do palito até a linha do acendimento (perto da cabeça).

3) Caixa e superfície de acendimento

As caixas devem conter uma superfície para acendimento do fósforo. Esta superfície não deve estar presente na parte de dentro da caixa em uma posição onde o contato com os fósforos possa ocorrer durante o uso normal.

4) Acendimento

Durante o acendimento não deve haver nenhuma falha ou separação, explosão ou fragmentação da cabeça ou pingos de cinza quente. Depois de acesa, a chama deve se transferir da cabeça para o palito.

5) Estabilidade Térmica

As embalagens dos fósforos não devem acender espontâneamente quando submetidas ao calor (120 5C) por 30 minutos.

6) Superfície de acendimento

Não deve haver nenhuma remoção da área da superfície de acendimento suficiente para expor a superfície básica da embalagem.

A área de acendimento de uma embalagem de fósforos deve ser capaz de acender todos os seus conteúdos.

7) Impacto

Caso caia, uma caixa cheia de fósforos não deve acender e não deve permitir fósforos caiam para fora da caixa.

8) Rotulagem

A embalagem de fósforo deve ser rotulada com as seguintes informações:

  • Nome e endereço do fabricante, importador ou vendedor responsável;
  • Quantidade de unidades;
  • O aviso "manter longe do alcance das crianças".

Laboratórios

LABORATÓRIO

TELEFONE

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CONTATO

ENDEREÇO

INT/LAMEC - Laboratório de Ensaios Mecânicos doInstituto Nacional de Tecnologia (021) 296-6611

R. 1128/1129

(021) 263- 6532 Lídia/Renan Av. Venezuela, 82

R. de Janeiro

CEP: 20081-310

Resultado das Análises

As seis marcas analisadas, de uma maneira geral, apresentaram um bom desempenho em relação ao número de palitos nas caixas, à resistência ao impacto (resistência a quedas) e à estabilidade térmica (resistência ao calor).

Entretanto, as marcas testadas não atenderam aos requisitos da norma quanto aos aspectos de forma e dimensões das cabeças e de desempenho (acendimento), itens que afetam diretamente a segurança do produto. Os principais problemas apresentados são: explosão, fragmentação ou separação da cabeça durante o acendimento e pingos de cinza quente durante o acendimento. Cabe destacar que três marcas não atenderam ao ensaio que permite a classificação como "fósforo de segurança" uma vez que acenderam quando os palitos foram riscados sobre uma lixa.

Outro aspecto importante é que nenhuma das marcas testadas atende integralmente aos requisitos da norma relativos a rotulagem; apenas uma indica o nome do fabricante e uma outra traz o aviso "manter longe do alcance das crianças". A indicação "fósforos de segurança" não aparece em quatro das marcas examinadas.

Conseqüências

DATA

AÇÃO

01/03/1996

Divulgação no Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão

03/03/1996

Divulgação no Programa Fantástico da Rede Globo de Televisão

Março/Abril/1996

Divulgação de Matéria na Revista nº 01 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT - Ano I

08/03/1996

Reunião com representantes do setor produtivo (fabricantes e importadores), de entidades de defesa dos consumidores, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e do INMETRO com o objetivo de definir medidas de melhoria para o produto.

Principais Definições: Criação de Norma Técnica Brasileira e Estabelecimento de Programa de Certificação Compulsória para o produto.

30/10/1996

Publicação da Norma Técnica NBR 13.725 - Fósforo de Segurança - Requisitos e Métodos de Ensaio.

29/06/1998

Publicação da Portaria INMETRO nº 118 que institui a certificação compulsória do produto.